DOMINGO DE RAMOS:
("Preparai-vos, pois, essa semana vos enviareis o verdadeiro significado da Páscoa,Purificai-vos e Dispam-se de qualquer tipo de Julgamento.Aquele que tiver Ouvidos que saiba Ouvir" Saint Germain.)
(Texto extraído dos E...vangelhos apócrifos de Mateu e Lucas)
Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. Ora, isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga. Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia. (Mt 21:1-11)
Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém jamais montou; desprendei-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? respondereis assim: O Senhor precisa dele. Partiram, pois, os que tinham sido enviados, e acharam conforme lhes dissera. Enquanto desprendiam o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: Por que desprendeis o jumentinho? Responderam eles: O Senhor precisa dele. Trouxeram-no, pois, a Jesus e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho, fizeram que Jesus montasse. E, enquanto ele ia passando, outros estendiam no caminho os seus mantos. Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinha visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre, repreende os teus discípulos. Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão. (Lc 19:29-40)
O oculto desse Evangelho:
Evangelho de Tomé - Logion 81
É necessário tentar explicar o sentido oculto dessa referência ao “jumentinho” sobre o qual cavalgava o Cristo interior quando efetua sua entrada em Sião. Mas como ocorre com muitos Oráculos veterotestamentários seu sentido oculto aparece ali muito mais velado que em seus paralelos do NT. Isto recorda que o Evangelho foi em grande medida uma revelação, isto é, um manifestar o que durante longo tempo esteve em secreto pela tradição dos israelitas.
A teologia comum cristã explica, segundo a vertente manifesta, Jesus tomou o jumentinho como montada na ocasião solene de sua entrada messiânica em Jerusalém para mostrar sua realeza espiritual, acompanhado com uma renúncia clara ao boato dos reis históricos de Israel e Judá. No entanto, há um sinal de sentido oculto neste ato, e não é difícil notá-lo, na natureza misteriosa da missão encomendada por Jesus a dois discípulos, uma vez chegaram junto ao monte das Oliveiras: “Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela”.
A notícia não deixa de ser surpreendente. Jesus “sabia” que “em um povoado de frente”, e, “em seguida”, quer dizer, talvez à entrada desse povoado, “havia” uma jumenta atada e um jumentinho com ela, a fácil e não protestada disposição dos dois discípulos. A informação que adiciona Marcos é ainda mais insólita, pois diz: “(Jumentinho) sobre o qual não havia montado todavia nenhum homem”. Com tais dados, os discípulos missionários encontraram, não obstante, esse jumentinho solicitado por Jesus.
De um ponto de vista oculto, o misterioso jumentinho parece ser “figura” dos conteúdos mais sutis e purificados da alma, e por isto se pode dizer que aparecem situados “em frente” da consciência habitual do homem. Por isto, são tais conteúdos os que em última instância, no grau de espiritualidade pura, servem de “cavalgadura” ao Cristo interno quando este se manifesta, quer dizer, na hora de sua “Vinda” à consciência (v. VINDA DO FILHO DO HOMEM). Então ficam levantados os denteis e transposta a consciência aos lugares bem-aventurados do monte Sião. O “jumentinho”, é uma montada de honra, mas ao mesmo tempo é, sobretudo, o estrado que gradua, matiza, a irradiação da Glória do manto de luz do Pai. Esta luz é uma com o Filho, e posto que seu fulgor não é do mundo, não pode ser contemplada “de frente” quando lampeja sem velação alguma. Por isto se diz de Moisés que se cubriu o rosto, porque “temia” ver a Deus, quando o espisódio deslumbrante da “sarça ardente” no Horebe.
Nas palavras de bendição de Jacó a seu filho Judá, é descrito este como “cachorro de leão”, isto é, como “tipo” do Cristo interior. Dele se diz ademais que é “o que ata à videira seu burro e à cepa o jumentinho de sua jumenta” (Gn 49, 9-11). Em Jesus, duplamente estruturado como Cristo manifesto e oculto, confluem ambas definições genesíacas. Enquanto “cachorro de leão”, não pode caber dúvida porquanto o autor do Apocalipse o denomina “o leão da tribo de Judá”, e agrega outro título de identificação: “o Rebento de Davi”. Isto significa que o Cristo oculto, “já era” em Judá e em Davi, além do mais de ter sido em Abraão, pois por isto disse Jesus: “antes que Abraão existisse, Eu Sou”.
Mas também sabemos que o burro (a jumenta) que permanece “atado à videira”, e o jumentinho da jumenta “submetido à cepa” são figura dos meios de manifestação do Cristo oculto, isto é, das vestimentas que necessita para ser manifesto, ademais de oculto. Isto o esclarece muito o quarto evangelho, porquanto Jesus explicou o sentido da videira como figura do Cristo oculto quando disse: “Eu sou a videira verdadeira”. Alinhado com o caráter apológico desta passagem, se vê bem claro que a jumenta, atada à videira, é a alma de cada homem que como o bom sarmento deve permanecer unido (atado) à videira, se é que há de dar fruto por si mesmo.Quanto ao jumentinho, o broto não contaminado, “não montado por homem” é a essência nascida da alma, firmemente unida ao tronco da videira, à cepa.
•O que na linguagem do AT se denomina nesamah, o terço que não será exterminado segundo o Oráculo de Zacarias, o “Resto”, do qual o profeta disse: “Eu porei no fogo o terço” (Zc 13, 8-9).
Este tronco ou cepa, é por suposto o Cristo interno em “si mesmo”, desnudo (sem sarmento), isto é, “reduzido” a ser o fulgor puro, não contemplável, da Glória; quer dizer, “o fulgor do brilho do âmbar, em meio do fogo” que em sua teofania descreve Ezequiel (Ez 1,4).
Resulta mais fácil entender agora que o jumentinho atado diretamente à cepa, sobre o qual montava Jesus para ser visto no dia de sua entrada messiânica em Jerusalém, é um paralelo figurativo da vestimenta mais íntima de Jesus, “a túnica sem costura, tecida de uma peça de cima abaixo”, da qual só no último momento é despojado o Cristo.
Voltarei e explicarei tudo isso com muita calma ,absorvam e tenham Paz.
Taliesin.
("Preparai-vos, pois, essa semana vos enviareis o verdadeiro significado da Páscoa,Purificai-vos e Dispam-se de qualquer tipo de Julgamento.Aquele que tiver Ouvidos que saiba Ouvir" Saint Germain.)
(Texto extraído dos E...vangelhos apócrifos de Mateu e Lucas)
Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. Ora, isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga. Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia. (Mt 21:1-11)
Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém jamais montou; desprendei-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? respondereis assim: O Senhor precisa dele. Partiram, pois, os que tinham sido enviados, e acharam conforme lhes dissera. Enquanto desprendiam o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: Por que desprendeis o jumentinho? Responderam eles: O Senhor precisa dele. Trouxeram-no, pois, a Jesus e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho, fizeram que Jesus montasse. E, enquanto ele ia passando, outros estendiam no caminho os seus mantos. Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinha visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre, repreende os teus discípulos. Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão. (Lc 19:29-40)
O oculto desse Evangelho:
Evangelho de Tomé - Logion 81
É necessário tentar explicar o sentido oculto dessa referência ao “jumentinho” sobre o qual cavalgava o Cristo interior quando efetua sua entrada em Sião. Mas como ocorre com muitos Oráculos veterotestamentários seu sentido oculto aparece ali muito mais velado que em seus paralelos do NT. Isto recorda que o Evangelho foi em grande medida uma revelação, isto é, um manifestar o que durante longo tempo esteve em secreto pela tradição dos israelitas.
A teologia comum cristã explica, segundo a vertente manifesta, Jesus tomou o jumentinho como montada na ocasião solene de sua entrada messiânica em Jerusalém para mostrar sua realeza espiritual, acompanhado com uma renúncia clara ao boato dos reis históricos de Israel e Judá. No entanto, há um sinal de sentido oculto neste ato, e não é difícil notá-lo, na natureza misteriosa da missão encomendada por Jesus a dois discípulos, uma vez chegaram junto ao monte das Oliveiras: “Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela”.
A notícia não deixa de ser surpreendente. Jesus “sabia” que “em um povoado de frente”, e, “em seguida”, quer dizer, talvez à entrada desse povoado, “havia” uma jumenta atada e um jumentinho com ela, a fácil e não protestada disposição dos dois discípulos. A informação que adiciona Marcos é ainda mais insólita, pois diz: “(Jumentinho) sobre o qual não havia montado todavia nenhum homem”. Com tais dados, os discípulos missionários encontraram, não obstante, esse jumentinho solicitado por Jesus.
De um ponto de vista oculto, o misterioso jumentinho parece ser “figura” dos conteúdos mais sutis e purificados da alma, e por isto se pode dizer que aparecem situados “em frente” da consciência habitual do homem. Por isto, são tais conteúdos os que em última instância, no grau de espiritualidade pura, servem de “cavalgadura” ao Cristo interno quando este se manifesta, quer dizer, na hora de sua “Vinda” à consciência (v. VINDA DO FILHO DO HOMEM). Então ficam levantados os denteis e transposta a consciência aos lugares bem-aventurados do monte Sião. O “jumentinho”, é uma montada de honra, mas ao mesmo tempo é, sobretudo, o estrado que gradua, matiza, a irradiação da Glória do manto de luz do Pai. Esta luz é uma com o Filho, e posto que seu fulgor não é do mundo, não pode ser contemplada “de frente” quando lampeja sem velação alguma. Por isto se diz de Moisés que se cubriu o rosto, porque “temia” ver a Deus, quando o espisódio deslumbrante da “sarça ardente” no Horebe.
Nas palavras de bendição de Jacó a seu filho Judá, é descrito este como “cachorro de leão”, isto é, como “tipo” do Cristo interior. Dele se diz ademais que é “o que ata à videira seu burro e à cepa o jumentinho de sua jumenta” (Gn 49, 9-11). Em Jesus, duplamente estruturado como Cristo manifesto e oculto, confluem ambas definições genesíacas. Enquanto “cachorro de leão”, não pode caber dúvida porquanto o autor do Apocalipse o denomina “o leão da tribo de Judá”, e agrega outro título de identificação: “o Rebento de Davi”. Isto significa que o Cristo oculto, “já era” em Judá e em Davi, além do mais de ter sido em Abraão, pois por isto disse Jesus: “antes que Abraão existisse, Eu Sou”.
Mas também sabemos que o burro (a jumenta) que permanece “atado à videira”, e o jumentinho da jumenta “submetido à cepa” são figura dos meios de manifestação do Cristo oculto, isto é, das vestimentas que necessita para ser manifesto, ademais de oculto. Isto o esclarece muito o quarto evangelho, porquanto Jesus explicou o sentido da videira como figura do Cristo oculto quando disse: “Eu sou a videira verdadeira”. Alinhado com o caráter apológico desta passagem, se vê bem claro que a jumenta, atada à videira, é a alma de cada homem que como o bom sarmento deve permanecer unido (atado) à videira, se é que há de dar fruto por si mesmo.Quanto ao jumentinho, o broto não contaminado, “não montado por homem” é a essência nascida da alma, firmemente unida ao tronco da videira, à cepa.
•O que na linguagem do AT se denomina nesamah, o terço que não será exterminado segundo o Oráculo de Zacarias, o “Resto”, do qual o profeta disse: “Eu porei no fogo o terço” (Zc 13, 8-9).
Este tronco ou cepa, é por suposto o Cristo interno em “si mesmo”, desnudo (sem sarmento), isto é, “reduzido” a ser o fulgor puro, não contemplável, da Glória; quer dizer, “o fulgor do brilho do âmbar, em meio do fogo” que em sua teofania descreve Ezequiel (Ez 1,4).
Resulta mais fácil entender agora que o jumentinho atado diretamente à cepa, sobre o qual montava Jesus para ser visto no dia de sua entrada messiânica em Jerusalém, é um paralelo figurativo da vestimenta mais íntima de Jesus, “a túnica sem costura, tecida de uma peça de cima abaixo”, da qual só no último momento é despojado o Cristo.
Voltarei e explicarei tudo isso com muita calma ,absorvam e tenham Paz.
Taliesin.